sexta-feira, 4 de maio de 2018

Os miseráveis: O melhor musical dos últimos tempos!


O que torna um musical realmente agradável e tocante? Talvez a trilha sonora? Obvio que sim , mas vai além disso, é um conjunto de fatores, desde a produção envolvida , o roteiro que precisa ser bem construído para que a própria história e as cenas de música se complementem, também a interpretação dos atores que além de incorporarem o personagem também tem a missão de cantarem e dançarem o que exige ainda mais dedicação, e é justamente por tudo isso que considero esse filme o musical mais completo dos últimos anos:







Resumo: No Século XIX, o escravo Jean Valjean rouba um pão para alimentar a irmã quando é preso pelo inspetor Javert , que passa a perseguir o homem fazendo de tudo para encontra-lo a qualquer custo, anos depois Jean Valjean constrói sua vida como fugitivo e se torna um senhor de posses, ele salva a jovem Fantine , uma mulher que trabalha em uma fábrica para conseguir mandar dinheiro para sua filha Cosete que vive como escrava com um casal de trapaceiros, quando o segredo é descoberto a jovem é mandada embora se prostituindo para poder sobreviver , Jean Valjean então salva a filha dela e a cria como sua, mais a frente na história a revolução de Julho se aproxima e uma guerra sem precedentes acontece.



O roteiro de Os miseráveis acompanha três fases da narrativa: o início com a prisão do protagonista, a sua volta por cima ,a adoção da filha e o momento onde ocorre a guerra alterando a vida dos personagens. Adaptado de um dos musicais mais antigos da Brodway foi totalmente fiel mais inclusive do que o próprio livro, tanto que são 3 horas de filmes inteiramente cantadas , a direção de Tom Hooper é impecável nesse quesito intercalando inclusive com a fotografia triste e sem vida de um povo miserável, canções inesquecíveis que ficaram tão boas no palco quanto no cinema como : Do you hear the people sing cantada por todos do elenco em uma das melhores cenas e I dreamed i dream interpretada por Anne Hattaway em uma cena emocionante após sua personagem Fantine ter sido estuprada.






Anne Hattaway rompe nesse filme a imagem de moça boazinha que ela criou em filmes como O diário da princesa e o diabo veste prada, se tornando um papel mais humano.È a  primeira de suas personagens fora dos padrões por ir até as últimas consequências para salvar a  filha, muitos outros atores também romperam estereótipos e mostraram todo o seu talento nesse filme como:  Hugh Jackman que sempre tinha papéis de heróis como na saga X-men, Wolverine e Van Helsing se tornando aqui o ladrão Jean Valjean, Russell Crowe o vilão por outro lado tinha já uma carreira extensa e grandes papeis como  gladiador e uma mente brilhante e continuou fazendo bonito como o maldoso inspetor, além de Amanda Seyfried como a filha de Fantine com uma experiência grande já no musical  Mamma mia e em outros romances, Helena Bonham Carter como a maldosa vilã , impossível não associa-la a Belatrix de Harry Potter, e muitos outros personagens marcantes, destaque também para Isabelle Allen como Eponine jovem.




Além de um elenco de peso algo que chama muito a atenção é o próprio cenário e figurino, algo muito bem trabalhado, exagerando nas cores e texturas trabalho que ficou a cargo de Paco Delgado usando tons vermelhos ou mais apagados dependendo da dramaticidade da cena, belas reconstruções também: a igreja, as pequenas vilas da França, a fome e a miséria de uns em contraste com a fartura de outros, representando muito bem o contexto de Revolução de Julho  época onde a opressão dominava os mais pobres e uma sensação de liberdade existia no coração dos sonhadores.





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