sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Para todos os garotos que já amei: Um romance sobre as desventuras da juventude!


Filmes adolescentes da Netflix tem dado o que falar, realmente com uma nova temática , digamos uma mistura de drama mas também de comédia romântica eles tem alcançado um público adolescente fiel, basta observamos os mais recentes como barraca do beijo e sierra burguess é uma loser, mas essa história talvez seja a mais cativante, um belo romance com muitos clichês como é comum nesse tipo de filme, no entanto não há como não fazermos parte da narrativa.





Resumo: Lara Jean escreve cartas de amor para cinco garotos que já se apaixonou no passado, um dia devido à interferência de sua irmã mais nova as cartas acabam chegando de verdade aos seus destinatários, a partir daí  ela se envolve em uma confusão com um de seus pares românticos, e finge um namoro com ele perante toda a escola com algumas condições, mas por uma patricinha ser completamente apaixonada pelo rapaz a enrascada se torna ainda pior.






A história foi adaptada do livro da escritora juvenil Jenny Han, podemos dizer que o roteiro do filme não é o que podemos chamar de original, e nos faz lembrar de diversos filmes adolescentes que possuem uma história parecida, como por exemplo o clássico namorada de aluguel onde o nerd paga para andar com a riquinha mais famosa do colégio, entre outros filmes onde as fantasias de garota pelo rapaz perfeito são sempre destruídas e atrapalhadas pelas pessoas populares da escola.





Podemos dizer, no entanto que existem muitos pontos positivos que tornam o filme delicado e envolvente, entre eles a química do casal principal interpretado por Lana Condor e Noah Centineo , uma protagonista asiática que foge dos padrões e dos estereótipos de mocinhas loiras como é comum em muitas comédias românticas, apostando na diversidade e também no enredo simples que foge do apelo sexual como é costume em muitos filmes adolescentes atuais.






Podemos dizer que com uma proposta simples, pouco original, mas que ao mesmo tempo nos remete a nossa época de juventude, o primeiro amor delicado, sem muitas complicações que todo mundo já viveu alguma vez na vida, a possibilidade de aproveitar os momentos mais raros da vida onde cada um de nós pode encontrar sua alma gêmea, longe de ser uma grande produção, o filme nos remete a nostalgia de John Hughes e a essência da adolescência que se perdeu ao longo do tempo no cinema.

  




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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O auto da compadecida: Um marco da cultura Nordestina!






Uma história divertida e marcante sobre a pobreza e a religiosidade.

Nome do livro: Auto da compadecida
Autor: Ariano Suassuna
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 208
Preço: R$ 35,90

“È verdade que eles praticaram atos vergonhosos, mas é preciso levar em conta a pobre e triste condição do homem. A carne implica essas coisas turvas e mesquinhas. Quase tudo o que eles faziam era por medo. Eu conheço isso, porque convivi com os homens: Começam com medo, coitados, e terminam por fazer o que não presta, quase sem querer. È medo. Medo da morte, do sofrimento, medo da fome e medo da solidão” Pág 165.


O autor Ariano Suassuna possui uma linguagem que representa muito da cultura Nordestina Brasileira, seus livros como no caso de auto da compadecida, seguem uma linha de narrativa popular, semelhante à literatura de cordel, simples, fácil de ser interpretada, e com personagens muito Brasileiros como no caso de outras obras do autor do mesmo estilo como o rico avarento e o santo e a porca. Podemos observar nesse livro as mazelas do ser humano pobre, desprevenido, que vive a vida do jeito que pode e faz de tudo para sobreviver, é o caso de Chicó e João Grilo, pobres que por serem pressionados e sofrerem abusos dos patrões encontram na mentira e nas tramoias sua forma de sobrevivência, assim acontece com os demais personagens, cada um com seu pecado, a luxúria da mulher do padeiro, a avareza do padre e do bispo, a ganancia e sede de vingança de Severino, seres humanos comuns de uma pequena cidade que fazem de tudo para viverem tirando proveito de algo.

A história aborda a realidade de uma cidade pequena, a falsa moralidade é mostrada através dos interesses materiais do padre e do bispo, e o domínio da cidade pelo malfeitor Severino, João Grilo e Chicó vivem inventado histórias para se livrarem de confusões, porém acabam se dando mal ainda mais, a questão religiosa é um dos pontos fortes da narrativa, representando no livro muito da personalidade do autor que era católico, assim quando os personagens morrem tem a chance de serem julgados por Jesus Cristo, Nossa Senhora e inclusive pelo próprio diabo, de forma divertida fazemos parte do julgamento dos personagens pelos seus pecados, repletos de elementos religiosos como: O inferno , o céu e o purgatório, as tentações e armadilhas do demônio e o papel de Maria como mãe e intercessora.

“Chicó - João! João! Morreu! Ai meu Deus, morreu pobre de João Grilo! Tão amarelo, tão safado e morrer assim! Que é que eu faço no mundo sem João? João! João! Não tem mais jeito, João Grilo morreu. Acabou-se o Grilo mais inteligente do mundo. Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre. Que posso fazer agora? Somente seu enterro e rezar por sua alma. “Pág 127.

É possível entendermos no momento do julgamento que os personagens tiveram frustrações, inseguranças e medos durante a vida, explicando muitos dos pecados que cometeram, entre os personagens mais bem construídos da história estão a dupla de amigos Chicó e João Grilo e suas conversas informais e seu modo de falar totalmente característico do Nordeste, também o personagem Severino, um homem durão, um assassino, mas que no fundo se torna tão medroso diante do julgamento como qualquer outro , mostrando que até a mais dura das almas possui um lado bom.

O livro nos incomoda em alguns momentos devido a sua linguagem de peça teatral, já que foi escrito para se tornar uma peça de teatro, dividida em três atos baseados em contos Nordestinos Literários e com elementos de outras obras do autor, tudo é descrito a cada momento, porém isso não chega a atrapalhar a leitura.





Em 2000 foi lançado o filme que fez um enorme sucesso se tornando um clássico Brasileiro, seguindo seu gênero de comédia o filme conta com ótimas atuações, de Selton Mello como Chicó, Marco Nanini como Severino, Lima Duarte como o bispo, Denise Fraga e Diogo Vilela como o padeiro e a esposa, além da participação especial de Fernanda Montenegro como Nossa Senhora, filmado no Nordeste, o filme também é fiel às representações culturais do povo Nordestino, mas é diferente do livro em alguns momentos, possui uma quantidade maior de personagens e narrativas, outras duas adaptações para o cinema foram feitas anteriormente.

Podemos dizer que se trata de uma obra prima, o auto da compadecida não é somente um livro de comédia que diverte e nos adentra a vida desses personagens tão simples, mas também nos faz refletir sobre nossas ações, nossas atitudes e lidamos com nossos altos e baixos em nossa luta contra o sofrimento e a pobreza.






 




Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna (1927-2014) nasceu no Palácio da Redenção, na cidade de Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, capital da Paraíba, em 16 de junho de 1927. Filho de João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna, na época, governador da Paraíba, e de Rita de Cássia Dantas Villar foi o oitavo dos nove filhos do casal. Passou os primeiros anos de sua infância na fazenda Acahuan, no município de Sousa, no sertão do Estado.Durante a Revolução de 1930, seu pai, ex-governador da Paraíba e então deputado federal, foi assassinado por motivos políticos, no Rio de Janeiro. Em 1933, a família muda-se para Taperoá, no sertão da Paraíba, onde Ariano iniciou seus estudos primários. Teve os primeiros contatos com a cultura regional assistindo as apresentações de mamulengos e os desafios de viola.

Em 1938, a família muda-se para a cidade do Recife, Pernambuco, onde Ariano entra para o Colégio Americano Batista, em regime de internato. Em 1943 ingressa no Ginásio Pernambucano, importante colégio do Recife. Sua estreia na literatura se deu nas páginas do Jornal do Comércio, em 1945, com o poema “Noturno”. Em 1946 ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco, junto com Hermilo Borba Filho, entre outros. Em 1947, escreve sua primeira peça "Uma Mulher Vestida de Sol". No ano seguinte escreve "Cantam as Harpas de Sião". Em 1950, conclui o curso de Direito. Dedicou-se à advocacia e ao teatro. (Crédito: E-biografia).












segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O lobo de Wall Street: O líder incorreto!


Leonardo Dicaprio possui grandes interpretações ao longo de sua carreira, uma delas que é muito marcante se trata  deste filme, onde ele interpreta um homem extremamente incorreto, porém que sabe lidar com vendas de uma forma única, baseado no livro sobre a vida de Jordan Belfort um homem que foi um mestre de compras e vendas, porém se envolveu em uma vida de drogas e corrupção, chegando a ser preso por fraude e lavagem de dinheiro.




Resumo: O filme se passa nos anos 80, quando Jordan Belfort se torna um corretor de ações em uma empresa localizada em Wall Street, após fracassar arruma um novo emprego em Long Island, adotando um estilo de vendas pouco convencional, com muitas drogas e curtição, logo sua empresa se torna bilionária, e ele passa a ter uma vida luxuosa, porém as investigações do FBI com relação aos seus negócios ilícitos começam a vir à tona.





O filme é dirigido por Martin Scorsese, podemos associa-lo a outras obras clássicas do diretor que possuem personagens tão problemáticos e ambiciosos como Jordan, como Max Cady de Cabo do medo e Travis Bickle de Taxi Driver, apesar de possuir sentimentos DiCaprio consegue ser sujo, mesquinho porém muito talentoso como todo anti-herói que se prese, o roteiro do filme segue o progresso de sua vida e em seguida sua decadência e o desfecho surpreendente.






Os diálogos e os momentos onde o próprio personagem nos conta sobre sua vida são marcantes e extraídos do próprio livro no qual foi baseado, o filme exagera um pouco em palavrões e cenas de sexo, porém faz parte da narrativa que busca mostrar de forma clara como foi a vida de prazeres do personagem, ainda assim alguns momentos foram poupados e não puderam ser mostrados totalmente, o roteiro porém nos prende e faz com que nos interessemos cada vez mais.





O filme ainda assim nos deixa muitas lições com relação a vendas, o homem era um gênio, disso não há como negar, seus discursos divertidos e completamente sem nexo fazem do filme mais uma obra prima de Scorsese, que  utiliza das conversas informais e cotidianas para garantir a profundidade de suas histórias, se trata também de um marco e um desafio para a carreira de Dicaprio que havia feito poucos papéis como esse em sua carreira.







sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Divertida Mente: Uma animação inteligente sobre nossas emoções!


Confesso que assisti a pouco tempo e realmente achei incrível e muito divertido, podemos dizer que a história retrata de um jeito descontraído os sentimentos e emoções que cada pessoa possui dentro de si, através de uma garota que possui 11 anos e passa por mudanças em sua vida, causando uma confusão entre as suas emoções dentro de seu cérebro e levando a menina a entrar em crise, tudo isso com uma pegada emocional muito forte como é clássico do filmes da Pixar.





Resumo: Riley é uma garota que vive em Minesota com seus pais desde criança, possui uma vida equilibrada e dentro de seu cérebro suas emoções controlam sua consciência, elas são alegria, raiva, tristeza, medo e nojo, cada uma delas tem uma função em especial, porém quando Riley acaba se mudando para uma nova cidade, uma confusão acontece e algumas memórias felizes que possui são tocadas pela tristeza, a partir daí inicia-se uma jornada para impedir que ela se torne triste para sempre.





A ideia do filme surgiu quando o diretor Peter Doctor tentou imaginar o que se passava dentro da cabeça de sua própria filha, e pensou em criar um desenho em que as emoções se tornassem reais mostrando de forma interativa como funciona o nosso cérebro, o roteiro do filme é bem feito nos colocando em uma aventura dentro do cérebro de Riley e torcendo para que ela não perca suas memórias, ao mesmo tempo nos emocionamos, pois lembramos também das nossas próprias memórias.






A fotografia também é bem feita, representando as cores, a alegria característica da mente de uma criança, os personagens são carismáticos e divertidos e perfeitamente construídos, enquanto a alegria enxerga o lado bom de cada situação, a tristeza sempre tenta piorar tudo de alguma forma, porém cada uma delas se complementa e tem a sua importância, toda a construção dos cenários, como a ilha da bobeira, onde tudo faz sentido em uma mente tão singela quanto a de uma criança.





Realmente o filme é muito bom e perfeito para entendermos como nossas mentes funcionam, e como a vida de alguém pode dar errado quando um sentimento assume o papel do outro controlando toda a nossa vida, divertido, educativo e emocionante, é possível associarmos a outras animações da Disney com características semelhantes, como Monstros S.A e Toy Story, ambas do mesmo diretor, é possível chegarmos a conclusão de que nossa infância é sempre bem representada pelos filmes Disney.







quarta-feira, 19 de setembro de 2018

5 motivos para ver Black Sails!


Uma boa série para quem gosta de ação e aventura, saiba as principais razões para assisti-la:




1º Estilo pirata: Para quem gosta de filmes como Piratas do Caribe vai adorar a série, apesar de não ser tão fantasiosa quanto à saga no início, ela chama a atenção por mostrar o dia a dia dos personagens incorretos que vivem roubando e saqueando cidades, suas lutas, intrigas e tudo retratado de uma forma realista.




2º Inspiração literária: A série é baseada no livro a ilha do tesouro de Robert Luis Stevenson de 1883, no livro são narradas as aventuras do garoto Jim Hawkins que parte em um navio pirata em busca de um tesouro, óbvio que a série foi adaptada e possui uma temática mais adulta, porém a narrativa é tão envolvente quanto a do livro.




3º Fotografia e cenário: A produção toda em torno da série é realmente muito bem construída, as roupas, barbas e características da aparência dos personagens nos lembram da imagem de piratas que temos, mas sem ser de maneira caricata, as pequenas cidades, as roupas de época, tudo para representar essa vida Boemia de piratas.





4º Os personagens: Um grande destaque da série é a construção dos personagens que mesmo sendo piratas não são caricatos e fogem do estereótipo do pirata feio e desengonçado que conhecemos, além de serem anti-heróis, que possuem defeitos e qualidades, são ladrões, porém tem os seus sentimentos e emoções.




5º O roteiro : Algo a destacar é a história e o seu roteiro, apesar de não ter grandes diálogos e cenas de ação, a série possui uma narrativa que cresce e vai melhorando gradualmente ao longo das temporadas, cenas de luta, tiroteios, intrigas e tudo o que uma série de piratas realmente precisa ter, para quem gosta do gênero certamente irá curtir.





Não perca a chance de ver Black Sails, uma jornada rumo as aventuras e obstáculos em alto mar.






segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Nostalgia: Filmes da Disney que você viu várias vezes - parte 2!



Continuando nossa postagem sobre os filmes Disney que mais nos marcaram:








Sexta feira muito louca (2003): Lindsay Lohan e Jammy Lee Curtis são mãe e filha, as duas vivem as turras, e após uma briga em um restaurante japonês se veem envolvidas em um poderoso feitiço, fazendo com que uma acorde no corpo da outra, passando por diversos desafios, as duas terão que conviver com suas novas vidas.






Hannah montana – o filme (2009): A série já era realmente boa, o filme porém consegue ser ainda melhor, uma lição de vida, quando Miley volta a  morar com o pai e  o irmão na fazenda onde passou toda a sua vida, ela recorda momentos que acabou perdendo com a sua fama, e precisa fazer uma escolha entre sua vida de estrela ou uma garota com uma vida comum.







Programa de proteção para princesas (2009): Estrelado por duas atrizes da Disney, Demi Lovato é a princesa fugida que precisa de um lugar para se esconder, Selena Gomez é a garota simples que mora com o pai, mas quando é necessário que conviva com uma princesa sua concepção de vida muda, e ela acaba descobrindo o quanto é especial.







Starstruck  - meu namorado é uma superestrela (2010): Jessica é uma garota que odeia o astro Christopher Wild e sempre detestou a paixão que sua irmã tem por ele, mas quando  o conhece de verdade em um show , a concepção que ela tinha dele muda e passa a conhecer quem ele realmente é por dentro.




16 desejos (2010): Uma garota faz dezesseis anos e vê sua lista de desejos que fez quando era criança realizados, tendo a possibilidade de conquistar tudo o que sempre quis, começa a perceber que tudo o que precisava estava bem próximo, ela só não conseguia encontrar.



Podemos dizer que os filmes Disney eram muito bons, e realmente fizeram parte de sua vida, se tem algum que você se lembra, deixe nos comentários!




   Filmes da Disney que você assistia - parte 1











sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Central do Brasil: Um retrato do povo Brasileiro!


Poucas produções Brasileiras receberam tanto prestígio e respeito como essa, podemos dizer que o filme é um marco em nosso País, retratando a pobreza, as dificuldades, a falta de educação, a história fala justamente da população sofrida como ela é através da relação de amizade entre uma mulher e um garoto, com personagens que não possuem estereótipos, mas defeitos e são tão comuns, podemos achar pessoas como eles em qualquer lugar.




Resumo: Dora é uma professora aposentada que trabalha na estação Central do Rio de Janeiro e leva a vida como escritora de cartas para pessoas analfabetas, uma mãe e o filho a contratam para redigir uma carta para o pai do garoto, porém quando a mãe do menino é atropelada e morre Dora acaba tendo que tomar conta do garoto, no início ela reluta um pouco e decide entrega-lo a outro casal, mas se arrepende e parte para o Nordeste a fim de achar o pai dele.





O roteiro escrito por João Emanuel Carneiro e Marcos Berstein é impecável, repleto de detalhes e características próprias dos diálogos cotidianos dos personagens, com momentos engraçados e ao mesmo tempo emocionantes a relação entre Dora e Josué faz com que nos apeguemos cada vez mais a eles , uma jornada pelo Brasil desconhecido e repleto de sofrimentos e pobrezas que muitas vezes nós não enxergamos, o drama vivido pelos personagens é um reflexo de nossa cultura e desigualdade.





Podemos destacar a direção de Walter Salles como uma das mais realistas do cinema Brasileiro, as paisagens rurais, pobres, desprecavidas representam as dificuldades do povo nordestino, essa beleza estética é muito semelhante a do filme Cidade de Deus onde a criminalidade também é mostrada dessa forma realista, a interpretação de Fernanda Montenegro como Dora é essencial, repleta de falhas, defeitos em suas expressões, seu modo de falar, de se vestir, é realmente impressionante.






Não é a toa que é considerado um dos 100 melhores filmes Brasileiros segundo a Abraccine, a sonoplastia contribui para representar os sons de cidades grandes, como na estação de trem os diversos barulhos e a correria representam o dia a dia do povo Brasileiro, os temas apresentados refletem um contexto onde diversas pessoas perderam seus parentes ou familiares e partem para outro Estado a procura deles, o final emocionante nos deixa com uma reflexão sobre os desencontros da vida.






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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Musicas inesquecíveis: Perfeição!



Legião urbana sempre fez duras críticas ao Brasil, à revolta de Renato Russo com os políticos corruptos, a criminalidade, a desigualdade social sempre foram pontos fortes que ele destacava em suas músicas, podemos dizer que perfeição possui mais uma letra genial da banda que retrata nosso País em muitos aspectos, e termina com uma mensagem de amor, paz e liberdade, mais uma vez legião urbana consegue marcar nossa história.





Letra: A primeira parte da canção se inicia com a frase vamos celebrar a estupidez humana, fazendo uma ironia aos feriados e as festas como o carnaval onde o Brasileiro só pensa em celebração quando na verdade temos pouco a comemorar, ele fala da criminalidade, da manipulação criada pela televisão, depois falando também da educação e das crianças mortas e sem escolas, e termina essa primeira parte falando dos feriados onde diversas pessoas são mortas em hospitais e em acidentes de estrada.




Na segunda parte ele ironiza a palavra justiça que é tão injusta em nosso País, os diversos problemas como impostos, depois ele entra em uma questão mais filosófica e critica nossa hipocrisia e falta de amor, em seguida a manipulação que a mídia constrói através do futebol para esconder assim os nossos problemas, fala ainda do nosso passado de absurdos gloriosos onde os portugueses roubaram tudo o que tínhamos aqui, e termina com uma mensagem de paz, e de encontrar o amor em meio a tantas desgraças.





Produção: Apesar de ser uma das melhores músicas da banda lançada no álbum o descobrimento do Brasil, o seu videoclipe é peculiar, mostrando os integrantes da banda com trajes semelhantes aos da Idade Média, um campo florido, corridas de cavalo, enfim tudo parece representar de alguma forma um mundo onde se busca a paz e a liberdade acima de tudo, uma esperança em meio a tanta desigualdade e desespero, podemos sentir isso com o trecho final onde somos convidados a aderir ao amor.






Contexto: Podemos dizer que tudo faz muito sentido e continua atual nos dias de hoje, aliás, a ideia de trazer essa música é justamente para fazermos uma reflexão nesse período próximo de eleição, o quanto nosso País mudou daquela época até hoje? Muita coisa ainda continua igual e nossos direitos sendo desprezados de muitas formas, a estupidez humana ainda continua até os dias de hoje, e fica o questionamento até quando ela vai continuar?





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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A freira: Um suspense sobre a luta contra o mal!


Sempre achei que os filmes de invocação do mal são muito bons e conseguem ser uma exceção comparado a outros filmes de terror que sempre acabam caindo na mesmice, a freira segue a mesma linha mas não supera outros filmes da franquia, o roteiro possui uma história diferente voltada na luta pela fé que faz com que uma freira e um padre travem uma batalha contra forças sobrenaturais, além da fotografia escura e muito bem construída, as cenas tensas, silenciosas, conseguem nos prender.




Resumo: Um caso estranho de uma freira da Romênia que comete suicídio chama a atenção do Vaticano, assim eles enviam um padre e uma freira que ainda não fez seus votos para investigar o caso, chegando lá descobrem que a maldição é antiga e vai muito além do que tinham imaginado, pois envolve um espírito maligno de uma freira que vive no local e impede que ele volte a ser abençoado, para lutar contra essa força maligna eles se apegarão em muitas lutas e orações.




Pontos positivos: O filme tem como objetivo apresentar a história do espírito da freira abordado em invocação dos mal 2, O seu roteiro é muito bom e vai criando uma expectativa cada vez maior sobre o que nos espera, além da investigação a cerca do caso envolvendo o espírito da freira o clima de suspense criado pelo diretor James Wan que já trabalhou com jogos mortais e com invocação do mal é realmente o ponto alto da narrativa, ele é visualmente escuro, sombrio, com cenários e assessórios assustadores como cruzes invertidas, e uma bela caracterização da freira.





Pontos negativos: Alguns erros de roteiro e sustos previsíveis estragam um pouco o clima de suspense na minha opinião, momentos já esperados e que poderiam ser trabalhados de uma forma muito melhor, apesar da grande expectativa faltaram mais efeitos e sustos como nos filmes anteriores da saga,  algo que também me incomodou um pouco foi a história da freira e o que fez com que o espírito dela pertencesse o local foi pouco desenvolvido.




As interpretações do filme são muito boas, como a protagonista que é uma freira que acaba se envolvendo cada vez mais no caso o papel de Taíssa Farmiga estrela do seriado de terror American Horror Story é muito bem interpretado, podemos dizer que o filme tem erros e acertos mas consegue nos surpreender como um bom suspense,o final dele nos deixa ansiosos por mais um continuação da franquia.