quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Pixote: a violência Brasileira nua e crua!


Ser criança é um privilégio, é algo que não pode nunca ser tirado de nós, pois faz parte do crescimento, porém em nosso país o número de menores infratores já chega a 23 mil segundo a Folha, com isso podemos nos perguntar o que leva alguém a entrar no mundo do crime? Seria a falta de dinheiro, a miséria ou simplesmente o fato de não se ter outra escolha? O filme Pixote de 1980 é aclamado pela crítica até hoje justamente por mostrar essa crueldade como nunca antes vista.



O personagem principal é enviado para o reformatório junto com outros da sua idade onde são submetidos a diversos tipos de abuso sexual, drogas e tortura vinda dos próprios policiais da FEBEM, após um dos garotos morrer assassinado, Pixote e outros amigos fogem de lá iniciando assim uma vida de transgressão, sendo o líder e chefe da gangue o bandido Dito.



Dito também possui um amante homossexual apelidado de Lilica, eles vivem entre tapas e beijos. Outra personagem importante da história é Sueli, uma prostituta vivida por Marília Pera que faz um acordo com os marginais para ajuda-los a roubar os seus próprios clientes, assim Pixote comete o seu primeiro assassinato e adentra cada vez mais a delinquência se afundando até não ter mais aonde ir.



Fernando Ramos da Silva interpreta o protagonista, apesar de sua ótima atuação ele não seguiu carreira de ator por não saber ler muito bem, depois o próprio filme sobre a vida dele foi lançado chamado de  Quem Matou Pixote? Foi filmado em São Paulo e no Rio de Janeiro com atores amadores que tinham vidas semelhantes a dos personagens, apesar de ser um clássico Brasileiro foi feito em formato de documentário tendo influencias do Cinema italiano, ganhou vários prêmios na época, entre eles o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.







Em minha opinião o melhor jeito de resolver essa criminalidade seria ao invés de existirem esses tipos de detenções juvenis o governo deveria investir mais na saúde e educação melhorando as condições de vida precária dessas pessoas, dando quem sabe a elas uma chance de construírem sua vida de forma mais ampla, saudável e justa!






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