segunda-feira, 13 de abril de 2020

Milagre na cela 7: Filme delicado e emocionante da Netflix!


Confesso que eu não assisto muito filmes estrangeiros, acredito que somos muito acostumados com produções americanas, que acabamos ignorando obras de outros Países que realmente são muito boas. O filme Turco que está no catálogo da Netflix há algum tempo têm chamado a atenção das pessoas e eu resolvi dar uma chance, realmente valeu a pena, sensível, delicado, ele traz uma história de amor entre um pai e uma filha como margem para diversas reflexões, entre elas a injustiça em relação as pessoas diferentes, mas também sobre perdão e arrependimento.




Resumo: Memo (Aras Bulut Lynemli) é um homem que possui uma deficiência mental e por isso age como uma criança, sua maior alegria é a filha Ova (Nisa Sofiya Aksongur) que sofre muito preconceito por conta dos problemas do pai, os dois vivem em um vilarejo na Turquia com a avó Fatma (Celile Toyon Uysal). Apesar de terem uma vida difícil, eles se amam muito, mas tudo muda quando Memo se envolve acidentalmente na morte da filha de um tenente do exército, ele vai preso e é condenado a pena de morte, porém Ova continuará fazendo de tudo para salvá-lo.





O drama Turco é emocionante do começo ao fim, a delicadeza por exemplo como a relação do protagonista com a filha é tratada, o sofrimento que ele passa e a própria empatia que os outros presos criam com ele, aos poucos vamos gostando cada vez mais do personagem de Aras e torcendo para que ele volte a ficar com a filha. Pelo fato de ele ter praticamente a mesma idade psicológica que a garota, a relação dos dois é ainda mais amorosa e rende ótimos momentos.



Existem ainda os dramas vividos pelos outros presos, a visão religiosa e a busca pelo arrependimento e o perdão que eles esperam, isso é mostrado também pela incrível direção de Mehmet Ada Oztekin, que foca bastante no rosto e nas expressões dos personagens, nos seus pequenos detalhes para construir a emoção. Não faltam ainda críticas em relação a forma como as minorias são tratadas, a sua exclusão social, o poder que impera dos mais fortes em relação aos mais fracos.




Quando eu assisti, a primeira comparação que veio a minha mente foi do clássico a vida é bela, que de forma muito semelhante trata da relação paterna com delicadeza em meio ao sofrimento provocado pelo Nazismo, aqui o destaque para a interpretação de Aras é o que nos cativa logo no início do filme. O roteiro é muito bom construindo toda essa atmosfera em torno do protagonista e dos personagens secundários, mas a direção é o maior destaque em complemento com a trilha sonora que também é tocante, aviso que o filme arranca algumas lágrimas, porém eu super recomendo ele!

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