sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Èramos Seis: O drama de uma família!







Uma história nostálgica sobre a luta e as batalhas do dia a dia!



Nome do livro: Éramos seis
Autora: Maria José Dupré
Editora: Àtica
Páginas: 293
Preço: R$ 47,90



“Mas eram meus, verdadeiramente meus naquele tempo e, apesar de darem trabalho, pois quatro filhos dão muito que pensar para quem tem pouco dinheiro, eu me sentia feliz muito feliz. E nunca me esqueço do que me disse uma senhora que tinha três filhos moços: “que saudades eu tenho do tempo em que eles eram pequenos, eram tão meus” Pág 10.


Comparada a Margareth Mitchell , Maria José Dupré é uma escritora Brasileira que possui como principal característica a narrativa descritiva nos mais profundos detalhes, além de seus livros mais conhecidos representarem um contexto histórico do Brasil  como em Luz e Sombra, também escreve livros infantis como é o caso da série as aventuras do cachorrinho samba, no caso de Éramos seis além da descrição detalhada dos personagens e suas características podemos observar o contexto histórico de Revolução no Brasil e também o protagonismo feminino por parte da personagem Lola que passa a vida cuidando do marido e dos filhos, retratando o drama de muitas mulheres , o sofrimento e o sonho da casa própria.


Na história Lola é uma dona de casa que luta para pagar as prestações de sua casa na Avenida Angélica, ao lado de seu marido Júlio que a faz sofrer muito devido ao seu alcoolismo e seu gênio forte, também possui quatro filhos: Carlos o mais doce, Izabel que possui uma personalidade difícil como o pai, Julinho o mais ambicioso e Alfredo que vive dando problemas desde o início, além disso os parentes de Lola como suas irmãs Clotilde e Olga e sua Tia Emília também fazem parte da história, devido a sua pobreza e sofrimento Lola sempre busca consolo e apoio em sua vizinha e melhor amiga Dona Genu.

A história é retratada em 3 fases: A primeira na infância das crianças e as dificuldades junto de seu marido Júlio, depois a vida adulta dos filhos de Lola e os problemas que ela passa para ajuda-los, e no final sua velhice quando os filhos também já estão mais velhos, podemos dizer que o cotidiano e o dia a dia das pessoas daquela época é muito bem representando, em um momento onde existia amor, amizade, inocência e a nostalgia se faz muito presente a medida que vemos na história de Lola o drama de muitas famílias, como nossas mães ou avós que lutaram muito para criarem os seus filhos.




“Nesse mesmo ano, no dia do meu aniversário, recebi de Clotilde três caixinhas de figos secos, três “tijolos” de goiaba (pedindo desculpas porque dessa vez saiu puxa-puxa) e três latinhas de doce de marmelo. Olhei tristemente pensando: “Quem havia de dizer”! Somos apenas três, e Éramos Seis!” Pág 256.

Os personagens são muito bem construídos, é possível ver em Lola a figura de mãe, esposa e da mulher forte e batalhadora que  faz tudo pela família, Já Júlio um homem frustrado por não conseguir dar certo na vida ou por ter errado como pai, os personagens crescem, evoluem, vivem tudo o que uma família comum passa e ao mesmo tempo o livro retrata temas como machismo, o socialismo,a guerra, a vida e a morte, o desquite assunto que era um tabu naquela época, os valores e os ensinamentos de nossos pais que passam de geração em geração, tudo o que perdemos através dos anos e do passado, antes tínhamos nossa família, porém hoje tudo não passa de lembranças.

Temos que lembrar também que a história já foi adaptada duas vezes para a televisão, a principal delas em 1994 foi exibida pelo SBT e teve como a protagonista Dona Lola Irene Ravache que fez uma bela interpretação como a mãe que sofria muito.

O livro é dramático e extremamente nostálgico, é ótimo para refletir sobre a vida e os problemas que passamos em nosso dia a dia, nos tornamos mais do que leitores parte daquela família e daquele sofrimento , ao mesmo tempo que torcemos pela protagonista conseguir realizar seus sonhos, no fundo do nosso coração nós também temos um pouco deles, pois a nossa família é de alguma forma como aquela.



Maria José Dupré



Maria José Dupré, ou Sra. Leandro Dupré como assinava em seus livros (Ribeirão Claro, PR, 01 de maio de 1898 - Guarujá, SP, 15 de maio de 1984) foi uma escritora brasileira.Nascida na fazenda Bela Vista, na época município de Botucatu, hoje município de Ribeirão Claro no Paraná por estar muito próxima da divisa entre São Paulo e Paraná, Maria José foi alfabetizada pela mãe e seu irmão. Ainda em Botucatu, estudou pintura e música. Mudou-se para a cidade de São Paulo, onde cursou a Escola Normal Caetano de Campos, formando-se professora. Sua vida na literatura começa após casar com o engenheiro Leandro Dupré. Foi contemporânea de nomes como Érico Veríssimo, José Lins do Rego e Viana Moog, numa época em que as mulheres intelectuais apenas começavam a exercer alguma atividade profissional (Crédito: Biblotecanja).





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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Grey´s Anatomy: Sobre a 14º temporada!



                 CONTÉM SPOILERS








Muita coisa rolou na última temporada de Grey´s, e algo que gostei muito foram os novos temas a serem abordados, como religião, violência contra mulher, refugiados, transexualidade , drogas e  novos rumos e destinos para os personagens, porém algo que me incomoda cada vez mais é a medida em que as temporadas passam vários personagens importantes começam a sair e a deixar Grey´s Anatomy, o que faz com que nos preocupemos com os rumos que a história terá.




Pontos positivos: um dos principais destaques desta temporada foi principalmente a evolução de Meredith, desde a interna atrapalhada e insegura até a grande cirurgiã que ganhou o seu primeiro Catherine Avery, um dos melhores episódios foi o 7º onde além da homenagem aos personagens antigos também acompanhamos  esse reconhecimento da personagem, foi abordado também a violência contra mulher e a luta para fugir dos abusos através de Jo Wilson e a sua revolta e culpa para se recuperar dos abusos do marido.





O drama de Kepner e a sua desilusão com a fé depois de perder um paciente causou momentos de muita emoção, e o episódio 23 onde ela é salva após a oração de Jackson realmente trouxe de volta a carga de emoção e drama que sempre esteve muito presente em Grey´s Anatomy, além dos momentos divertidos que são clássicos de Grey´s , como o episódio em que todos acabam fumando maconha e causando um alvoroço no hospital, os novos internos que chegaram agora nos fizeram lembrar do início da série e da amizade e união que existia entre eles.








Pontos negativos: Algo que atrapalhou  o desenrolar da temporada foram alguns diálogos e núcleos desnecessários como o tumor de Amélia que não teve nenhum sentido na história, ou o final da temporada que caiu muito comparado a outras, focado apenas no casamento de Alex e Wilson foi  mais uma desculpa para que saíssem personagens importantes da série, como April Kepner e Arizona Robbins, mais uma vez o destino de grey´s  é incerto e não sabemos o que esperar.





Com episódios muito bons a temporada 14 nos lembrou um pouco do inicio da série e ao mesmo tempo mostrou o amadurecimento dos personagens, além de Meredith Grey, Alex Karev mostra ser uma pessoa melhor e menos impulsiva do que no começo, April também descobriu a sua verdadeira vocação, Arizona por outro lado teve um fim pouco esperado na série comparado a sua importância e trajetória longa através das temporadas.



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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

King Kong: Uma jornada pelo desconhecido!


Considero esse filme uma das grandes produções de aventura dos últimos tempos, com o objetivo de ser um Remake de 1933 da história de amor entre uma jovem e uma criatura, aparentemente um clichê que já conhecemos em a bela e a fera, e o mais clássico o médico e o monstro, e até mesmo no mais recente ganhador do Oscar a forma da água,  porém o filme é realmente é de encher os olhos, apesar de não possuir interpretações muito boas, as cenas de ação e suspense são extremamente bem construídas.




Resumo: Carl Denham um cineasta falido tenta a todo custo retomar sua carreira filmando seu novo filme na misteriosa ilha da caveira, que nunca foi descoberta por humanos, e como protagonista ele escolhe Ann Darrow uma jovem comum que se apresenta em peças de teatro, ele embarca todos em um navio e parte em alto mar para encontrar seu destino, chegando lá eles encontram dinossauros, canibais e um gorila gigante que se apaixona perdidamente pela jovem.




O diretor Peter Jackson teve a oportunidade de recriar uma grande produção do cinema, de fato filmes do gênero são a sua especialidade, podemos ver isso em Senhor dos Anéis e o Hobbit, podemos dizer que  o contexto de grande depressão presente no início do filme em que ao mesmo tempo uma Nova York luxuosa é mostrada, também a tristeza e as dificuldades são mostradas através da personagem de Ann Darrow interpretada por Naomi Watts que interpreta muito bem a moça triste em busca de seus sonhos, e com um brilho intenso e triste no olhar.




Enquanto no início é mostrado esse contexto histórico, a aventura muda completamente a partir do momento na chegada na ilha, onde as cenas envolvendo os canibais são muito bem construídas e focadas nos rostos monstruosos deles causando momentos de tensão, por outro lado o filme possui alguns momentos de computação gráfica com efeitos um pouco ruins, como o momento dos dinossauros correndo atrás dos personagens, realmente não consegue nos convencer.




Já na última metade do filme onde ocorre os momentos mais dramáticos em que a busca do homem pela riqueza vai mais uma vez tendo consequências catastróficas e as últimas cenas de romance e drama entre a personagem e seu amor pelo gorila são tocantes, podemos dizer que o filme tem seus lados ruins, porém o seu roteiro constrói muito bem os diversos momentos presentes no filme, e se torna uma grande produção do cinema.






sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Frozen: O clássico mais recente da Disney!


Depois de diversos filmes contando histórias de princesas que viviam o drama de encontrarem o príncipe encantado e serem impedidas pela bruxa malvada, a Disney quando fez Frozen decidiu investir em um conto de fadas diferente baseado na história a rainha da neve, porém adaptando e mudando um pouco a versão, na verdade aqui a rainha é uma das protagonistas e irmã da princesa Anna , a relação e o amor entre as duas se torna o ponto central da história.





Resumo: Elsa e Anna são irmãs , princesas e pertencem ao reino de Arendelle, quando crianças são muito unidas, porém devido aos poderes mágicos de gelo que Elsa possui, acaba sem querer machucando a irmã, por isso o rei e a rainha decidem mantê-la isolada. Quando completa 21 anos e fica sabendo da morte de seus pais, Elsa precisa assumir o reino, porém mais uma vez acaba causando uma catástrofe com seus poderes que não consegue controlar, com medo de ferir outras pessoas ela foge, cabe a Anna partir em uma jornada para encontrar a irmã.







O filme realmente foi uma das grandes inovações da Disney, foi dirigido por Chris Buck de Pocahontas e Tarzan, e Jennifer Lee que mais adiante trabalhou com Zootopia, o roteiro com personagens extremamente divertidos e carismáticos é o ponto principal, como Olaf, Hans, além das próprias protagonistas, mais uma vez a Disney também cria uma bela trilha sonora, com os clássicos você quer brincar na neve? E a música principal Let It Go.







Temos que destacar também a estética visual do filme que é muito bem trabalhada,  uma bela riqueza de detalhes em relação as paisagens de gelo criadas no filme, possui um certo estilo visual que ao mesmo tempo que utiliza dos novos recursos de computação, também tem partes que foram criadas a partir dos desenhos a mão feitos pela Disney,  e a cena em que o palácio de gelo foi construído ao som de Let It Go precisou da ajuda de 50 animadores.





Podemos dizer que é uma das melhores apostas da Disney dos últimos anos, qualquer criança pode assistir e se prender facilmente com a história, podemos dizer também que a protagonista Elsa é uma princesa diferente como as animações já haviam investido em outras anteriores, como A princesa e o sapo, Enrolados e Valente, podemos dizer que um caráter de empoderamento feminino acompanhou os últimos desenhos e trouxe um novo caráter as donzelas em perigo de sempre, o marketing envolvendo o filme também trouxe diversos brinquedos, e até mesmo um musical da Brodway baseado no filme, devido ao seu impacto cultural.












quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Barraca do beijo: Uma comédia sobre amor e amizade!


Esse filme da Netflix é ótimo para quem curte comédias românticas, apesar de aparentemente parecer apenas mais um clichê sobre a mocinha que sofre por não saber com que vai ficar,  mas acredito que vai muito além disso, o que vemos aqui são as dificuldades para a garota viver um relacionamento maduro com quem é apaixonada, e ao mesmo tempo não destruir a amizade com seu melhor amigo, nesse caso o que se torna mais importante ? esse é o ponto central do filme.




Resumo: Elle e Lee são melhores amigos desde a infância e conhecem muito bem um ao outro, ambos possuem regras entre si que sempre seguiram, uma delas é a de nunca namorar algum parente de seu melhor amigo, porém quando se tornam adolescentes ela começa a desenvolver uma paixão por Noah, irmão de seu melhor amigo, e o pior é que a partir de uma confusão em uma barraca do beijo tudo começa a desmoronar.




O filme é baseado no livro de Beth Reekles, seu roteiro possui tudo o que já conhecemos em romances adolescentes, o nerd que vive a sombra do irmão bonitão , e a garota confusa com seus sentimentos, porém a diferença é a dose de comédia que combina essas situações de romance e nos fazem ao mesmo tempo querer que o casal principal fique junto, mas também entendemos o lado do melhor amigo, é possível nos colocarmos no lugar dos protagonistas.






O filme conta também com os personagens divertidos de qualquer filme jovem, como as patricinhas da escola por exemplo, as situações divertidas que a protagonista passa, como o strip-tease que ela faz em uma das festas dão o tom de comédia ao filme, a trilha sonora do filme também é muito boa com direito até a uma referencia a clube dos cinco com a música Don´t you (Forget about me) , e outras belas músicas de amor como Love Grows e It´s my time.






Acredito que o filme agradou grande parte do público adolescente, por ter tudo o que um filme do gênero precisa romance, confusões e um casal para sempre torcermos, através dele podemos nos lembrar de outras comédias românticas do mesmo estilo que também marcaram nossa vida, como 10 coisas que eu odeio em você e até mesmo as mais antigas como alguém muito especial e admiradora secreta, os relacionamentos entre amigos sempre geraram bons filmes.






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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Musicas inesquecíveis: Another Brinck in the wall!


O Pink Floyd é sem dúvida uma das melhores bandas de rock da história, claro que essa música além de ser um clássico cult, também é uma bela crítica ao sistema educacional ,  sua temática meio gótica de terror nos causa um certo assombro, porém  é a combinação de muitos aspectos que a tornam positiva desde os seus arranjos, sua letra extremamente crítica e bem construída , e é claro a produção em torno da música.




Letra – 1º parte : No início se fala do pai do menino tê-lo abandonado deixando apenas uma foto, depois a história se muda para o cenário principal que é a escola, com um professor zombando do aluno para a classe toda, ele recrimina o seu poema e manda ele voltar a prestar atenção na aula, depois a primeira parte se encerra com os professores voltando para casa  e dando de cara com suas mulheres enfadonhas, eles são ridicularizados.




Letra – 2º parte: A partir daí quando a criança já isolada e abandonada pelo pai se depara com a repressão dos professores e toda aquela burocracia, eles se rebelam quebrando tudo a sua volta e se voltando quanto as regras impostas, essa revolução toda simboliza a liberdade contra tudo aquilo que haviam passado durante toda a sua vida, e o clipe se encerra com o momento mais clássico quando as crianças colocam fogo na escola.








Contexto: Podemos dizer que se trata de uma crítica explícita ao ensino educacional rígido como era naquela época, a interação entre aluno e professor praticamente não existia, não passava de regras impostas e disciplina, o tijolo no muro presente no refrão se refere ao ensino que não cria cidadãos pensantes, mas pessoas alienadas, como por exemplo nas cenas em que todos caminham usando máscaras como em um filme de terror.






Produção e ritmo: Claro além do videoclipe extremamente bem feito em níveis de estética onde todo esse ensino é mostrado como um filme de terror, onde alunos são torturados e tomam a frente da revolução, o Riff de guitarra presente principalmente na segunda parte da letra é marcante, além da letra o vocal de fundo das crianças nos passam toda essa ideia de repressão, e depois vocais e guitarras se tornam mais violentos em um tom de descontentamento, a música é realmente muito bem produzida.








                                                       
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                I can´t get no satisfaction

             Bohemian Rhapsody













sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O destino de uma nação: A vida de um líder!



Um filme de drama extremamente bem construído que tive a oportunidade de ver nos últimos dias, sobre a história de vida de Winston Churchil, um homem extremamente poderoso que teve um papel importante e fundamental na Segunda Guerra Mundial após se tornar o primeiro ministro, além do  do protagonista ser muito bem interpretado por Gary Oldman, algo que me impressionou muito foi a fotografia do filme.




Resumo: Winston Churchill está prestes a se tornar o primeiro ministro da Grã-Bretanha, com o Nazismo tomando conta de tudo ele é pressionado por seu partido a tomar uma decisão extremamente importante, estabelecer um tratado de paz com a Alemanha Nazista, porém o homem não está tão disposto assim a assumir esse risco e luta até o fim pelos direitos de sua Nação, mas  essa dúvida irá gerar uma enorme conspiração contra ele.




O filme dirigido por Joe Wright podemos dizer que é uma verdadeira obra prima no que se diz respeito a estética, a iluminação escura e ao mesmo tempo dramática e luxuosa que compõe os planos do filme é incrivelmente de encher os olhos, mas além disso o grande destaque é a interpretação de Gary Oldman, o ator já tem uma carreira extensa e encara com realismo e naturalidade o papel de Churchil, divertido, ousado, inteligente, o personagem tem um imenso carisma e uma delicadeza genial, representando Churchil até mesmo nos movimentos corporais.





O roteiro é outro ponto positivo, quando pensamos em filmes sérios relacionados a política, temos uma imagem pré-concebida de que eles são chatos e repletos de diálogos maçantes, porém isso também  é algo diferenciado nesse filme, as falas especialmente de Churchil são extremamente bem escritas, sejam os discursos e frases de efeito originais ou a relação entre ele e as pessoas ao seu redor, como sua mulher e sua secretária, o seu jeito brincalhão de ser com todos.




O interessante  é que o contexto de guerra e política que o Reino Unido vivia naquela época não se perde em nenhum momento , as mortes e as lutas enfrentadas na guerra se contrastam com as decisões importantes tomadas por Churchil e os outros políticos, algumas das cenas que mais gostei foi o início quando é criada toda uma expectativa para que se aparecesse o protagonista, e a cena em que ele visita o metrô e pergunta a opinião das pessoas sobre o País, um verdadeiro show de interpretação.




quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Annie With An E: A série delicada da Netflix!


Comecei a ver essa série a pouco tempo e gostei muito logo nos primeiros episódios, a sutileza com que são tratados temas fortes como feminismo, bullyng, o preconceito social e as relações familiares, e muitos outros mas de uma forma leve, já que é a partir da visão de uma garota extremamente inteligente sobre o mundo, com cenas realmente emocionantes podemos dizer que é uma das melhores séries originais Netflix, e que consegue muito prender a atenção:





Resumo: A série se passa no final do Século XIX quando os irmãos Matthew e Marilla resolvem adotar um menino para ajudar no trabalho pesado de sua fazenda, porém uma menina é mandada para eles, no início ela tem alguns problemas com Marilla devido ao gênio difícil que possui e uma inteligência enorme com a qual questiona tudo, mas com seu carisma ela vai conquistando e fazendo novos amigos, porém sofre muito preconceito por ser adotada e diferente das outras meninas.




A série é Canadense é baseada em um livro de 1908 escrito por Lucy Maud Montgomerry , a primeira temporada com sete episódios foi dirigida por Niki Caro e tem como atriz protagonista Amybeth McNulty que teve o primeiro grande destaque em sua carreira na série, além de ter um roteiro extremamente delicado com um ritmo suave de romance e fantasia, a paisagem rural e  pitoresca contribui para representar a inocência e a vida simples e religiosa ao estilo daquela época.




A série tem personagens bem construídos, além do carisma da protagonista que aos poucos vai conquistando todos ao seu redor, como sua melhor amiga Diana Barry, Matthew Cuthbert que é como um pai para a garota, além da senhora Cuthbert que aos poucos vai se apegando a menina, as emoções e as descobertas da nova fase da vida de Annie se misturam com sua incrível imaginação e capacidade de inventar histórias, além do seu altruísmo e da facilidade com que   se coloca no lugar dos outros.




Possui também um contexto de Século XIX por trás, o machismo e os tabus enfrentados naquela momento, como por exemplo o episodio em que Annie tem a sua primeira menstruação, aflita por não entender o que estava passando ela sente as primeiras emoções de uma garota, outros assuntos são debatidos, como o luto e a religião. Acredito que a série além de bem desenvolvida, nos passa uma mensagem de amor, de solidariedade e de realmente aprendermos a enxergar as coisas belas da vida e aproveita-las.