Hoje em dia o sexo é algo presente no comportamento dos
jovens, tudo a nossa volta nos remete a isso, é impossível que ninguém nunca
tenha ouvido falar sobre assunto já que é algo muito enfatizado em nossa sociedade,
mas houve uma época em que a falta de informação dava certo ar de aventuras
para os adolescentes, era um mistério que eles descobriam juntos, no entanto
esse filme polêmico de 1971 retrata essa fase de transição com um agravante, o
romance de uma mulher mais velha entre um garoto.
Resumo: Hermie (Gary Grimes) é um garoto que está passando as férias na
praia com os amigos, todos estão preocupados em conseguir a sua primeira vez,
mas ele acaba por se apaixonar por Dorothy (Jennifer O´neil), uma mulher bonita
mais madura que tem sofrido muito depois que o marido partiu para a guerra,
assim um acaba encontrado no outro um ombro amigo que acabará se tornando mais
do que isso, além disso, outras situações vividas pelos rapazes são mostradas
no filme.
O roteiro do filme vai mostrando como a relação dos dois vai
crescendo a medida que Hermie vai crescendo e se tornando mais maduro apesar de
tudo se passar em apenas um verão, a direção também é primorosa de Robert
Mulligan, aqui consegue adquirir um tom de drama e nostalgia que combina
perfeitamente com a paisagem calma e marcante aonde o filme se passa.
Há ainda a trilha
sonora instrumental de Michael Legrand tocada principalmente no início e no
final do filme, ocorre no clímax uma cena polemica de sexo entre os dois logo
após a personagem descobrir que seu marido havia falecido, o que deu muito que falar,
logo depois daquilo a mulher vai embora da cidade deixando uma carta ao garoto
explicando que tudo foi um equívoco em um momento de fraqueza.
Podemos destacar a interpretação dos dois protagonistas já
que o garoto em especial foge da linha de protagonistas bonitos e carismáticos
como é comum em filmes adolescentes, por isso mesmo ainda podemos considera-lo
como um filme quase independente, pois não se trata de uma grande produção e
sim de algo simples, pois trata principalmente sobre essa transição, como
sempre é comum vindo de Mulligan onde segue a mesma linha de o sol é para todos
em tom de reflexão.
Não se trata de um filme sobre pedofilia, mas sim de uma
época confusa onde um jovem ainda não controla muito bem seus sentimentos, a
mulher por outro lado não tinha a intenção de fazer algo contra o menino, mas
também passava por um momento difícil da vida e, portanto se apegou a ele, ““
A vida é feita de pequenas idas
e vindas... e para cada coisa que levamos, há outra coisa que deixamos para
trás.”
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