segunda-feira, 9 de abril de 2018

A espera de um milagre: Um drama emocionante sobre a vida e a morte!



"Todos morremos um dia não há exceções" e isso talvez seja a questão mais complexa que ninguém conseguiu desvendar, esse filme mostrou as diferentes versões da morte, enquanto alguns vão cedo demais , outros demoram muito e são obrigados a conviver com seus sofrimentos e dias ruins que muitas vezes parecem intermináveis , com grandes interpretações e um roteiro que te prende muito apesar de ser um filme de quase 3 horas , a espera de um milagre consegue ser um dos meus filmes favoritos:





Resumo: Paul Edgecomb (Tom Hanks) é um senhor de idade que no início do filme começa a contar para uma senhora a história de sua vida e como ele foi chefe da guarda de prisão em Louisiana no corredor da morte no ano de 1935 , naquele ano ele conheceu John Coffey (Michael Clark Dunkan) um prisioneiro acusado de estuprar e matar duas meninas , na época um escândalo para toda a cidade, mais ao conhecer melhor o homem e descobrir o poder que ele tem de fazer milagres Paul fica em dúvida se ele realmente cometeu o crime ou não.



Algo que eu gosto muito nesse filme é que ele consegue ser extremamente emocionante, mas sem nos fazer chorar com muita apelação, aos poucos o roteiro é construído para que conheçamos bem os personagens a fundo e nos apegamos principalmente aos protagonistas,     John Coffey vai ao longo do filme apagando aquela imagem cruel que temos dele quando chega na prisão como um homem grande e maldoso e vamos conhecendo ele, e é impossível não gostar, uma das melhores atuações do cinema e o melhor filme do ator que só fez outras participações especiais ao longo de sua carreira, com diálogos incríveis e reflexões sobre a vida a amizade entre o homem e o policial e algo para que torcemos desde o início até que no final a gente se surpreende e não há como não chorar.




Mais uma adaptação de Stephen King consegue ser uma das melhores e bem fiel ao livro, é mais uma parceria do autor com o diretor Frank Darabont que já havia acontecido antes em um sonho de liberdade e O nevoeiro, ambos tem características sombrias de enredo, o filme ao contrário da maioria das histórias de King foca mais no lado humano e na falta de humanidade de cada ser humano, podemos ver isso a partir dos vilões Percy Wetmore  um policial doentio que tem um enorme prazer com o sofrimento alheio, e Wild Bill o prisioneiro mais problemático do local exatamente o oposto de John .



Destaque ainda para as performances de Michael Jeter como o bondoso preso que mantém uma relação de amizade com o ratinho Sr Jingles, e Patrícia Clarkson como a esposa doente de Warden, mas o destaque maior ainda é o de Tom Hanks acho ele um dos melhores atores quando se trata de drama , já havia alcançado seu auge com Forrest Gump e desfez aquela imagem cômica como o policial forte que controla a milha verde, outros filmes importantes que fez foi Náufrago e O Terminal.




Acredito que tudo é muito bem construído no filme, desde o contexto de Grande Depressão onde os homens poderiam ir a loucura devido ao desemprego e as condições difíceis de trabalho, o racismo e o preconceito que existia na época contra homens negros e pobres é mostrado a partir do momento em que John é condenado sem ter ao menos uma chance de defesa, podemos ressaltar ainda as diversas cenas fortes que nos impressionam desde o início: como o momento em que as duas meninas são encontradas mortas nos braços de John, a execução de Eduard Delacrox  onde é mostrada uma sequência do homem sendo queimado na cadeira elétrica, a resolução sobre o assassinato e o final de John Coffey que é realmente de cortar o coração, o filme ainda traz uma reflexão sobre as consequências e sofrimentos provocados pela pena de morte.




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