A série que estreiou na Netflix a pouco tempo idealizada pelo
canal do YouTube KondZilla , já conseguiu prender e atrair um público bem fiel,
por retratar o estilo de vida e a violência nas periferias Brasileiras de uma
forma bem realista, como a cultura do Funk que atrai milhões de jovens, o luxo
, a ostentação e a sensualidade buscada por eles. Mas também por outro lado, o
preconceito que ainda existe e é muito presente em relação ao seu estilo de vida.
Criada por Guilherme Quintella e Felipe Braga, a história é
sobre a amizade de três jovens da periferia: Rita, Doni e Nando, que apesar de
serem muito diferentes uns dos outros, tem o mesmo objetivo de seguirem os seus
sonhos em meio as dificuldades da vida, enfrentando os desafios do mundo do
crime pelo qual convivem todos os dias. Um ponto positivo é que o roteiro desmistifica
por exemplo a imagem de jovens problemáticos, os personagens apesar de terem
problemas, são pessoas boas uns com os outros e também com as suas famílias.
A narrativa, porém ao
mesmo tempo em que acabou com alguns estereótipos , reforçou outros na minha
opinião: Como o uso de gírias e palavrões na linguagem e na fala
dos personagens o tempo todo ,o que me trouxe um pouco de incômodo. E a
exaltação da sensualidade, como as roupas curtas usadas pelas meninas nos
Bailes Funks, entre outras questões.
Apesar de alguns defeitos, como produção Nacional a série
realmente é incrível, se destacando por esse paralelo que faz entre temas tão
distintos: Como o Funk, a religião, o tráfico de drogas, assuntos tão presentes
na cultura e na sociedade Brasileira, por isso me chamou a atenção. E os atores
principais apesar de estreiantes interpretaram ótimos papéis, que nos trazem uma
empatia e uma identificação aos jovens que representam essa cultura nos dias
atuais!
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