segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Guerra e Paz: O romance que ultrapassou gerações!


Um livro que quebrou paradigmas construindo um novo gênero e um belo retrato da Rússia naquela época





Nome do livro: Guerra e paz
Autor: Lev Nikolayevich Tolstoi
Editora: L&PM
Número de páginas: 360
Preço: R$ 24,90


“Foi com estas palavras que em julho de 1805 a conhecida dama de honra, íntima da Imperatriz Maria Fiodorovna, Ana Pavlona Scherer, acolheu o príncipe Vassili, pessoa importante de alta estirpe, o primeiro dos convidados a chegar a sua recepção daquela noite” Pág 1.

Liev Tolstoi foi um escritor Russo de grande sucesso, Sua literatura é rica de detalhes e certo aprofundamento das características dos personagens de forma descritiva, abordando questões psicológicas e filosóficas da época de Napoleão, é extremamente detalhada e reflexiva, ele é conhecido por suas ficções realistas, como Anna Karenina e Crônicas de Sebastopo baseado em suas experiências na Guerra da Crimeia.


No entanto Guerra e Paz continua sendo o marco de sua carreira também pela quantidade de temas e personagens, desde a filosofia até a política e religião são tratadas na obra  semelhante a outro clássico da literatura Crime e Castigo, podemos comparar a linguagem da obra com dois filmes históricos : O encouraçado Potemkin que marca o início do cinema russo  e Doutor Jivago , ambos retratam de forma realista a Revolução Russa.





São muitos os personagens da história, mas vamos tentar resumir alguns: Pierre Bezukhov é filho de um conde que recebeu uma herança pela qual irá disputar um homem bom que não leva muito jeito para negócios, seu amigo André Bolkonski abandona a vida de casado para ser ajudante de campo na guerra contra Napoleão, em Moscou temos outro núcleo importante à família Rostov, que contam com a jovem Natasha apaixonada pelo oficial Boris, o irmão Nicolau apaixonado pela prima Sonia, a arrogante Vera, o caçula Pétia e o casal de matriarcas Ilya e Natalia Rostov, assim os conflitos vão se desenvolvendo com o passar da guerra e tudo continua nos próximos volumes 2, 3 e 4.


“Neste mesmo Dique homens comprimiam-se , no meio das carroças e dos canhões, por entre rodas e cavalos, e de faces desfiguradas pelo terror, pisavam-se entre si, caminhavam por cima de cadáveres e de moribundos, matavam e passavam , para acabarem, mortos também, alguns passos mais adiante. De dez em dez segundos, rasgando os ares, caia uma bala ou explodia um obus no meio daquela multidão compacta, matando e salpicando de sangue quem estava nas imediações” pág 354.




 No clássico Tostoi consegue retratar de forma crítica a sociedade da época através dos personagens elitizados onde as mulheres ainda eram dominadas por homens, as pessoas viviam em famílias tradicionais e além de tudo continua universal, conseguimos nos identificar com a soberania do exército Russo, com as misérias, o sofrimento que vemos ocorrer com as guerras no mundo todo, além do capitalismo presente inclusive em nosso País, por esse e por outros motivos Guerra e Paz se torna mais um clássico da literatura que se tornará imortal por representar uma época e pela sua linguagem extremamente descritiva que serviria de exemplos a diversos autores sucessivamente.


                     Liev Tolstoi 




Escritor russo (9/9/1828-20/11/1910). Expoente da literatura realista, faz a crítica da sociedade e da moral na Rússia do final do século XIX, sendo considerado um dos maiores escritores de todos os tempos. Lev Nikoayevich, conde de Tolstoi, nasce na Iasnaia-Poliana, província de Tula. Estuda línguas e leis na Universidade de Kazan, mas, insatisfeito com o sistema formal de educação, abandona os estudos antes da graduação. Em 1852 alista-se no Exército e luta na Guerra da Criméia (1853-1856). Inicia então a carreira literária, inspirado pelas experiências da vida militar.


São dessa época Contos de Sebastopol (1855) e Os Cossacos (1963). Retorna à propriedade da família e casa-se com Sônia Andreievna Bers. Enquanto escreve seus dois maiores romances, Guerra e Paz (1869) e Anna Karenina (1877), entra em crise espiritual e questiona a sociedade em que vive. Rejeita a autoridade da Igreja Ortodoxa Russa e é excomungado em 1901. Aos 82 anos sai de casa, após várias brigas com a esposa, que não aceita seu desejo de doar as propriedades da família. Morre dias depois, de pneumonia, na estação ferroviária de Astapovo, na província de

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