sábado, 16 de fevereiro de 2019

Minha fama de mau: Uma biografia pobre sobre o tremendão!


Recentemente foi lançado o filme biográfico sobre a carreira de Erasmo Carlos, consagrado por ter feito parte da jovem guarda, um movimento musical que influenciou o comportamento dos jovens durante as décadas de 60 e 70 e revolucionou para a sempre a história da música. Apesar de um boa caracterização da época, a produção possui problemas sérios de roteiro e contexto histórico, além de não aprofundar muito nos detalhes da vida do cantor.





Resumo: Erasmo Carlos (Chay Suede) desde jovem têm uma grande paixão pelo Rock and roll, admirando ídolos como Chuck Berry e Elvis Presley ele sonha em se tornar um grande astro. Entre as pessoas que influenciam sua carreira estão: Tim Maia (Vinícius Alexandre) que o ajuda com as notas musicais, seu melhor amigo Roberto Carlos (Gabriel Leone) e o apresentador Carlos Imperial (Bruno de Luca) que o introduz na mídia, a partir daí sua vida muda para sempre e todo o Brasil passa a conhecê-lo.





O roteiro se propõe a contar sobre a trajetória de Erasmo, narrando sua vida pobre e de sua família na juventude, até o momento em que faz parte da jovem guarda. Porém além de não explicar detalhes importantes da vida do cantor como: seus relacionamentos amorosos, a briga entre ele e Roberto, seu envolvimento com drogas, sua carreira após o fim da jovem guarda, entre outras questões, fica a impressão de que o tremendão fez sucesso apenas por causa de Roberto, e que tudo acabou depois que ele deixou o grupo.




Mas do que isso, outros personagens importantes da vida do artista, apenas aparecem na história e são tratados de forma secundária: Como Tim Maia que é mostrado apenas nos momentos iniciais do filme e Wanderléa interpretada por Malu Rodrigues, uma integrante importante da jovem guarda que aparece apenas como um rostinho bonito. Bianca Comparato representa as diversas paixões que fizeram parte da vida do cantor, porém as mudanças de personalidade o tempo todo da atriz, causam uma certa confusão.





Apesar desses erros grotescos, alguns pontos positivos tornam a narrativa divertida e nostálgica  para os fãs da jovem guarda: caracterização dos anos 60, nas roupas, acessórios coloridos e até mesmo fatos marcantes que ocorriam durante o período.

As boas interpretações como Isabela Garcia como mãe de Erasmo,   Gabriel Leone também faz um papel de encher os olhos como Roberto  e mostra muita química em cena, além do protagonista vivido por Chay Suede que dá um show de interpretação, divertido, carismático e protagonizando inclusive algumas cenas sozinho com a câmera onde fala diretamente com o público.




Algo fundamental para a contextualização do filme faltou, uma explicação mais concreta sobre o fim da jovem guarda. Um contexto histórico explicando os motivos: A perda do estilo para as novas bandas e estilos musicais que chegavam na época, as novas culturas e movimentos sociais, mostrando onde foi que esse espaço foi se perdendo, acredito que foi algo que pecou e tornou o filme um retrato incompleto de um dos principais artistas da MPB.





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