quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Representatividade negra: Filmes para refletir sobre o Racismo - parte 2!!

Continuando a última postagem, foi possível compreender que o cinema evoluiu muito na forma de representação dos negros, trazendo o racismo para as telas e promovendo reflexão sobre um assunto que ainda é um grande tabu. Confira agora alguns dos principais filmes recentes sobre o racismo:

 


Histórias cruzadas (2012) : O drama se passa nos anos 60, no Mississipi, quando uma jovem escritora interpretada por Emma Stone, decide entrevistar mulheres negras da cidade que deixaram suas vidas de lado para criar os filhos das mulheres brancas. Aos poucos diversas histórias de racismo parecidas começam a ser reveladas por essas mulheres, os maus tratos que sofreram ao longo dos anos, o filme também conta com Viola Davis e Octavia Spencer.


 

Django Livre (2012): Uma mistura de ação e faroeste ao estilo Quentin Tarantino, sobre Django, um escravo que consegue a sua liberdade através de um caçador de recompensas Alemão, propondo a ele uma parceria. A amizade entre os dois começa a crescer, eles atravessam o país para poderem encontrar a esposa de Django, escravizada por um fazendeiro, além de boas interpretações e do retrato da época da escravidão, a história também possui as clássicas cenas violentas como é comum nos filmes do diretor.


12 anos de escravidão (2013): Uma jornada épica, se passando em 1841, quando um violinista é sequestrado e vendido para se tornar um escravo, deixando sua esposa e filhos. Ele é forçado durante 12 anos a trabalhar em uma plantação de algodão, vivenciando diversos tipos de abusos físicos e emocionais de dois senhores, ao longo da história nos apegamos ao personagem e torcemos em todos os momentos pela sua liberdade.

 

Moonlight – sob a luz do luar (2016): O vencedor do Oscar têm Mahershala ali no papel principal de Chiron, um jovem negro e muito pobre que passa por uma incrível jornada de autoconhecimento. Durante o roteiro extremamente delicado, acompanhamos as três principais fases de sua vida: Desde o bullyng que sofreu na infância, a crise vivida na adolescência para se descobrir, até o conhecimento do mundo do crime e das drogas de maneira poética.


Corra (2017): Apesar de ser aparentemente um filme de suspense de Jordan Peele, ele traz diálogos repletos de reflexão sobre o racismo velado, escondido, mas que causa diversas consequências para a sociedade. Chris é um fotógrafo que viaja para conhecer os pais de sua namorada, aparentemente todos o recebem bem, mas o comportamento estranho da família mostra que existe algo de errado naquele lugar.

 

Infiltrado na Klan (2018): Outro filme premiado de Spike Lee, confesso que é um dos melhores filmes sobre racismo que eu já assisti, sobre a história real de um homem negro que entra para a polícia nos anos 70, no momento de segregação racial ele começa uma investigação sobre o grupo supremacista branco Ku Klux Klan. O filme mostra o lado dos ativistas negros e também o dos grupos racistas, o o ódio aos Afro-Americanos que atravessa gerações, tendo cenas incríveis que homenageiam a cultura negra, destaque para cena em que os racistas assistem ao nascimento de uma nação no cinema.


O ódio que você semeia (2018):  Baseado no livro de Angie Thomas, o filme trata do racismo estrutural, quando uma adolescente presencia o assassinato de seu melhor amigo por um policial branco, ela precisa testemunhar no tribunal por ser a única pessoa presente no momento do crime. Porém, a personagem começa a ser coagida a não dizer a verdade, mostrando o medo e a insegurança presentes na sociedade.

 

Pantera negra (2018): A história de heróis protagonizada por Chadwick Boseman se tornou muito mais do que isso, ela trouxe a representatividade negra através de todos os personagens do filme, dos diálogos repletos de referência, a trilha sonora e os figurinos. O roteiro fala sobre o príncipe do reino de Wakanda, um lugar repleto de simbologias e um design fantástico, destaque para o vilão que possui motivações e muito carisma.

Acredito que é um ponto extremamente positivo, existirem produções que falem cada vez mais sobre o racismo e tragam a representatividade negra. Apesar do mundo ter evoluído, o racismo ainda é uma realidade dura e difícil, que está muito longe de acabar, por isso a necessidade da arte sempre trazer a tona este tipo de reflexão!!

 

Veja Também:

Representatividade negra - parte 1!!

 

0 comentários:

Postar um comentário