sexta-feira, 5 de abril de 2019

Canções que marcaram a Ditadura Militar!


Na semana passada completou-se 55 anos do golpe militar de 64, conhecido por ser um período de repressão, censura e torturas em relação a qualquer tipo de posição que fosse contrária ao governo. Até hoje existem casos encobertos do que acontecia na época, mas o fato é que muitos cantores escreveram letras em oposição ao regime, que entraram para a história e retrataram o que foi esse momento do Brasil e essa falta de liberdade, vamos relembrar algumas delas:






Pra não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré: A letra incentiva pessoas a aderirem à resistência, o verso “somos todos iguais, braços dados ou não” mostra que apesar das diferenças, todos estavam juntos em prol do desejo de que a tortura e a repressão acabassem. Refletindo ainda sobre o nacionalismo exagerado e o desejo incansável de lutar pela pátria sem razão e critica os movimentos de paz e amor, já que não havia como combater armas com flores, sofreu uma forte censura na época.






Apesar de você – Chico Buarque: O artista talvez foi o que mais compôs letras sobre a ditadura, no caso dessa música, fala aparentemente sobre um casal de namorados durante uma briga. Mas vai muito além disso, citando versos como: “amanhã vai ser outro dia, hoje você é quem manda, falou tá falado” eram referentes à pressão que os artistas sofriam, por não poderem escrever ou falar sobre o que quisessem em suas músicas e sobre a revolta e a persistência dos revolucionários da época.






Comportamento geral – Gonzaguinha: Um cantor que não era acostumado a compor músicas críticas, surpreendeu ao falar sobre a passividade e a alienação do Brasileiro com relação a tudo o que ocorria na época. Com versos como “Você deve aprender a baixar a cabeça e dizer sempre muito obrigado, deve só pelo bem da nação fazer tudo aquilo que for ordenado” sim, são realmente palavras que doem, mas representam a  manipulação por parte da mídia e do governo para que todos acreditassem que tudo estava bem.







Jorge Maravilha – Chico Buarque: Uma canção que ele escreveu sob o pseudônimo de Julinho da Adelaide para driblar a censura, a princípio uma letra romântica, mas que também tinha críticas , como nas frases “E o meu amor por ela, é uma cidadela, construída em paz e compreensão” que foram eliminados pelo regime. Há ainda boatos de que foi composta para o Presidente Ernesto Geisel, já que a filha dele era uma grande fã de Buarque, daí o verso “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”.






Alegria, Alegria – Caetano Veloso: È repleta de referências à cultura de massa alienante, como os ídolos impostos pela mídia, à repressão em relação ao cidadão comum já que a ditadura queria pessoas que não pensassem e que não vissem todos os problemas que aconteciam ao seu redor. Seguindo a linha revolucionária da canção de Geraldo Vandré.






No próximo post, continuaremos relembrando as canções que marcaram a ditadura!



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