Na semana passada completou-se 55 anos do golpe militar de
64, conhecido por ser um período de repressão, censura e torturas em relação a
qualquer tipo de posição que fosse contrária ao governo. Até hoje existem casos
encobertos do que acontecia na época, mas o fato é que muitos cantores
escreveram letras em oposição ao regime, que entraram para a história e
retrataram o que foi esse momento do Brasil e essa falta de liberdade, vamos
relembrar algumas delas:
Pra não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré: A
letra incentiva pessoas a aderirem à resistência, o verso “somos todos iguais,
braços dados ou não” mostra que apesar das diferenças, todos estavam juntos em
prol do desejo de que a tortura e a repressão acabassem. Refletindo ainda sobre
o nacionalismo exagerado e o desejo incansável de lutar pela pátria sem razão e
critica os movimentos de paz e amor, já que não havia como combater armas com
flores, sofreu uma forte censura na época.
Apesar de você – Chico Buarque: O artista talvez foi o que
mais compôs letras sobre a ditadura, no caso dessa música, fala aparentemente
sobre um casal de namorados durante uma briga. Mas vai muito além disso,
citando versos como: “amanhã vai ser outro dia, hoje você é quem manda, falou
tá falado” eram referentes à pressão que os artistas sofriam, por não poderem
escrever ou falar sobre o que quisessem em suas músicas e sobre a revolta e a
persistência dos revolucionários da época.
Comportamento geral – Gonzaguinha: Um cantor que não era
acostumado a compor músicas críticas, surpreendeu ao falar sobre a passividade
e a alienação do Brasileiro com relação a tudo o que ocorria na época. Com versos
como “Você deve aprender a baixar a cabeça e dizer sempre muito obrigado, deve
só pelo bem da nação fazer tudo aquilo que for ordenado” sim, são realmente
palavras que doem, mas representam a
manipulação por parte da mídia e do governo para que todos acreditassem
que tudo estava bem.
Jorge Maravilha – Chico Buarque: Uma canção que ele escreveu
sob o pseudônimo de Julinho da Adelaide para driblar a censura, a princípio uma
letra romântica, mas que também tinha críticas , como nas frases “E o
meu amor por ela, é uma cidadela, construída em paz e compreensão” que foram eliminados
pelo regime. Há ainda boatos de que foi composta para o Presidente Ernesto
Geisel, já que a filha dele era uma grande fã de Buarque, daí o verso “Você não
gosta de mim, mas sua filha gosta”.
Alegria, Alegria – Caetano Veloso: È repleta de referências à
cultura de massa alienante, como os ídolos impostos pela mídia, à repressão em
relação ao cidadão comum já que a ditadura queria pessoas que não pensassem e
que não vissem todos os problemas que aconteciam ao seu redor. Seguindo a linha revolucionária
da canção de Geraldo Vandré.
No próximo
post, continuaremos relembrando as canções que marcaram a ditadura!
Veja Também:
Filmes interessantes sobre o Nazismo!
Veja Também:
Filmes interessantes sobre o Nazismo!
0 comentários:
Postar um comentário