O novo filme adolescente da Netflix, apesar de possuir alguns
clichês comuns a produções do gênero, vem com uma premissa bem diferente, ao
tratar do amor de uma forma menos idealizada, porém, mais realista sobre como é
difícil encontrá-lo e descobrir como se lidar com ele. O drama e a relação
entre os personagens em meio a um contexto conservador é um ponto muito
importante no filme, que tinha tudo para dar certo, porém para mim acaba
ficando arrastado e o ritmo da narrativa acaba se perdendo.
Resumo: Ellie Chu
(Leah Lewis) é uma jovem asiática, totalmente deslocada, ela participa de
atividades sociais, na escola e na igreja, porém quase sempre sem ser notada. A
felicidade dela está na sua relação com o pai, que é boa, porém, a garota
têm além disso, uma paixão pela arte, pela filosofia, mas se envolve em uma
grande confusão, quando seu amigo Paul pede que Ellie faça cartas de amor para
poder conquistar Aster Flores, a garota popular da escola e secretamente a sua paquera também.
Apesar de parecer uma história clichê, em que o garoto impopular
quer conquistar a garota popular da escola, algo que já vimos diversas vezes,
como no clássico namorada de aluguel, o filme foge da obviedade a partir
daí, quando vimos que Ellie também sente atração pela garota, e que Aster é uma personagem que foge do estereótipo da
garota popular riquinha, os sentimentos profundos entre as duas vai muito além
disso. A interpretação de Leah é realmente muito boa, representando toda essa
confusão e esses questionamentos que a personagem vive, a típica garota nerd que se refugia em seu próprio mundo.
Fugindo da comédia, como é comum neste estilo de filme, aqui
o drama é colocado desde o início, quando no começo a protagonista descreve os
conceitos que as pessoas tem sobre o amor, porém a falta de aprofundamento
acaba deixando alguns temas em aberto ao longo da história. Como a relação das
pessoas com a religião, fica claro que se trata de uma cidade conservadora e
que a igreja é um ponto de encontro, porém essa relação dos personagens com a
fé, não é muito bem trabalhada, o fato da personagem ser de outro País também
é algo que poderia trazer bons questionamentos, porém isso também fica em aberto.
O roteiro também parece se arrastar para mim, no início
criamos empatia com a personagem e com a história dela, mas aos poucos o filme
fica muito parado e sem muitos conflitos, até o momento em que tudo se resolve
no clímax da história. Acredito que
apesar de alguns problemas, a ideia do filme é muito relevante, trazendo
reflexões sobre o primeiro amor, as dúvidas em que nos encontramos nesta fase,
além de ter personagens bem diversificados.
Veja Também:
0 comentários:
Postar um comentário